Introdução.

Vamos, primeiramente, nos apresentar para então contarmos um pouco sobre o que passamos até a escolha do tema do nosso trabalho e deste blog.

Somos Ana Carolina e Caroline (mais conhecidas como Ana e Kah) estudantes do colégio Anglo Leonardo da Vinci, unidade de Osasco.

No começo deste ano (2008), nos foi apresentada a proposta de fazer um trabalho de iniciação científica na disciplina de Projetos. O tema poderia ser qualquer um de nosso agrado. Eu, Caroline, inicialmente pensei em fazer algo relacionado à ortopedia (já que meu interesse por esta área da medicina é grande), a Ana pensou em xadrez, pois segundo ela é um hobby antigo que valia a pena ser pesquisado mais profundamente.

Apesar de gostarmos de nossos temas, não estávamos muito satisfeitas com as escolhas, então decidimos conversar mais sobre isso e pensar na possibilidade de fazermos em dupla sobre algum assunto também relacionado à medicina. Em uma destas conversas surgiu a idéia de fazer sobre neurologia, mais especificamente sobre neurocirurgia, um assunto que temos curiosidade e interesse. Ainda nesta mesma conversa levantamos o tema da cardiologia e concordamos que as duas idéias eram ótimas, só faltava decidir entre elas.

Fizemos algumas pesquisas para ver se algum dos dois temas se sobressairia, mas não adiantou. Então resolvemos escolher utilizando um método antigo e muito eficaz: "cara ou coroa".

Combinamos que a cara seria neurocirurgia (por motivos óbvios) e a coroa seria cardiologia. A Ana jogou a moeda e eu olhei o resultado... Deu coroa e assim decidimos: o tema seria cardiologia.

Uma vez escolhido, conversamos com o professor Gil sobre algumas das nossas idéias. Ele nos disse que cardiologia era um tema muito amplo (realmente) e que seria melhor que a gente desse um foco, escolhesse um entre seus muitos ramos.

Pensamos, pensamos, pensamos e então decidimos que nada era mais fantástico do que tirar o coração de uma pessoa e implantá-lo em outra (meio radical, não?). Optamos então pelo transplante cardíaco. Fizemos pesquisas, ainda sem compromisso, e nos surpreendemos ao ver que este tema não poderia ser estudado apenas pela parte médica. Teria que envolver também a polêmica social causada por ele, a burocracia envolvida, a história dos transplantes, seu desenvolvimento e tantos outros fatores que, mesmo indiretamente, interferiam na cirurgia propriamente dita.

Era muito trabalho, muita pesquisa, muitas discussões e desafios. Mas concordamos que o esforço valeria a pena, afinal o tema não podia ser mais interessante e ao mesmo tempo complexo para nós, estudantes apenas do ensino médio.

Encaramos, pesquisamos muito, escrevemos, falamos, estudamos durante horas, superamos a maioria das dificuldades (principalmente a insuficiência cardíaca). Abrimos mão de tantas sextas feiras de "ócio", demos algumas (muitas) risadas uma da outra, assistimos vídeos de cirurgias desejando estar lá. Procuramos o melhor site, a melhor revista, o melhor livro, a melhor foto, a melhor palavra...

E agora está pronto! Nosso trabalho que realmente deu TRABALHO, mas que superou tudo e acabou ficando bom (na nossa modesta e "imparcial" opinião).

Esperamos que gostem de lê-lo assim como nós gostamos de tê-lo feito.


Boa leitura, Ana e Kah.

O básico, introdução.


Inicialmente, gostaríamos de dar uma idéia básica ao transplante cardíaco, tentando desfazer algumas (falsas) idéias que as pessoas geralmente têm em relação a este procedimento.

O transplante cardíaco é, basicamente a substituição de um coração problemático por um coração saudável, assim como qualquer outro transplante.
A principal diferença entre ele e os outros é que o doador precisa se encontrar em condição de morte encefálica.

Parece simples, porém o maior medo das pessoas, que acaba levando-as a não serem doadoras, é o erro no diagnóstico da morte encefálica, afinal se ele acontece seu coração é retirado com você vivo.
Mas, este erro não ocorre. Primeiro porque são realizados exames que descartam qualquer dúvida e possibilidade de atividade cerebral e segundo porque são necessários dois médicos que confirmem este estado.
Outro fator que faz com que as pessoas tenham medo de doar é a relação que elas estabelecem entre o coração e a alma, os sentimentos. Quanto a este, não há o que dizer, é uma questão pessoal. Apesar de que quando você doa um órgão, parte de você permanece vivo.

Um dos principais problemas quanto ao baixo número de doadores em relação ao índice de mortes cerebrais, é a falta de informação. As pessoas não sabem o que fazer para se tornarem possíveis doadoras.
Hoje, pela nova legislação, a vontade de ser doador deve ser informada à família. Não há qualquer tipo de documentação que indique se alguém é ou não um doador de órgãos.

Acreditamos que com mais informações, entendimento do procedimento e, principalmente, da burocracia envolvida no transplante de coração, as pessoas percebam que doar órgãos é uma maneira de salvar uma vida e de acabar com um sofrimento.

Doação de ógãos.


Encontramos um poema sobre a doação de órgãos e achamos bem válido para mostrar aqui, então aí vai.

Doar órgãos é...
Doar-se...
Reciclar-se...
Salvar vidas...
Um gesto de amor...
Sobreviver em outros...
Assumir a nossa finitude...
A resposta da esperança...
Dar um presente de vida...
Desprender-se desta vida...
Aproximar-se do Criador...
Ir, deixando alguém viver...
Um gesto de solidariedade...
Manter acesa a luz da vida...
Fazer renascer a esperança...
Nosso último gesto de amor...
A certeza de vida após a vida...
Não se perder nos preconceitos...
Estar presente de alguma forma...
Obra de amor e desprendimento...
Dar continuidade às obras de Deus...
Ser a luz no final do túnel de alguém.

F. N. de Assis

Notícias.

Boas notícias!
A Partir de hoje está sendo divulgado na internet o RBT - Registro Brasileiro de Transplante -, ou seja, a lista de classificação dos transplantados de janeiro à junho deste ano.
Passou no jornal da rádio Jovem Pan, hoje de manhã. Porém, como não deram detalhes resolvi pesquisar e adivinha...
Não temos acesso, isso mesmo, inacreditável! Parece mentira, mas, a ABTO - Associação Brasileira de Transplante de Órgãos - qualifica o RBT como área restrita aos profissionais. =/
Dê uma olhada: http://www.abto.org.br/abtov02/portugues/populacao/rbt/mensagemRestrita.aspx?idCategoria=2
Tudo bem, daqui um mês, talvez algumas semanas ou até quem sabe uns dias, nós, reles mortais iremos ver o RBT, aguardaremos com ansiedade. Pelo menos nós duas...
Bom, como um poste meu saiu pela culatra...
Vou reforçar a idéia dos postes da Káh.
Afinal campanha de doação de órgão é algo bem sério. Tanto que nesse ano, mais precisamente ontem, o Ministério da Saúde lançou uma nova campanha, cujo slogan é Tempo é Vida. O que de fato é a pura verdade não?!
Nessa campanha o MS nos mostra três pessoas que passaram por transplante e incentiva a população a doar ao explicar a importância desse ato. E também o fato de que para ser doador basta avisar a família.
E mais, um anúncio também será incentivo os profissionais à identificarem possíveis doares.
Então, mais em breve iremos acompanhar essa campanha pela tv ou pela internet. Assim que sair prometo colocar aqui okay!
Ah, aqui a matéria que fala sobre essa nova campanha e também sobre o número de candidatos à transplante (geral) no Brasil. E esse número é assustadoramente grande, 71.349 pacientes.
Veja na integra: http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/2008/09/25/ult4477u1007.jhtm
Bom final de semana para vocês!
E se aparecer algo sobre transplante, estaremos de volta ;)

Um pouco de história.

Transplantes em geral:

Por muitos anos, médicos e cientistas pensaram sobre a idéia de substituir um órgão doente por um saudável de um doador, muitas experiências foram feitas e, devido ao reduzido conhecimento sobre o sistema imunológico humano, não foram bem sucedidas, levando o doente à morte.
Entretanto, a primeira experiência bem sucedida de transplante de órgão humano, ocorreu em 23 de dezembro de 1954, em Boston, nos Estados Unidos. O cirurgião Joseph Murray fez o transplante de rim entre irmãos gêmeos idênticos, que apesar dos remotos conhecimentos sobre compatibilidade mostrarem que os irmãos teriam grandes probabilidades de aceitação, morreram alguns dias depois por conta da rejeição.
Anos depois, em 1962, foi realizado o primeiro transplante de fígado e o primeiro transplante de pulmão, ambos também nos Estados Unidos.
No Brasil, a atividade de transplante de órgãos e tecidos, iniciou-se no ano de 1964 na cidade do Rio de Janeiro e no ano de 1965, na cidade de São Paulo, com a realização dos dois primeiros transplantes renais do país.
Deste período inicial até os dias atuais, esta atividade teve uma evolução considerável em termos de técnicas, resultados, variedade de órgãos transplantados e número de procedimentos realizados.


Transplante cardíaco:

Norman Shumway foi um cirurgião norte americano, que estudou o coração humano através de cães. Durante suas experiências, Shumway conseguiu parar o coração ao deter temporariamente a circulação coronária e proteger da asfixia o músculo cardíaco graças a uma hipotermia de 15ºC,ao realizá-lo Shumway obteve um grande avanço em seus estudos, uma vez que nunca ninguém tinha conseguido parar um coração sem asfixiá-lo, ou seja, deixá-lo sem oxigênio.
Em uma das experiências do cirurgião, seu assistente Richard Lower, sugeriu a retirada de um coração e sua recolocação. A técnica havia nascido, porém foram necessários 5 anos para que Shumway e Lower dominassem as técnicas para a realização do transplante propriamente dito, fato que só ocorreu em 1960. Em 1967 havia cães que já viviam a 2 anos com um coração transplantado, mas a idéia de fazer algo assim com o coração humano causava polêmica na sociedade.
Entretanto o cirurgião sul-africano Christiaan Barnard, que estudou com o mesmo mestre e incentivador de Shumway, tomou conhecimento dos cães transplantados e jurou que seria o primeiro a retirar um coração humano e transplantá-lo.
Tal feito foi realizado no dia 3 de dezembro de 1967, por Barnard na África do Sul. A operação durou cerca de 7 horas e envolveu uma equipe de trinta pessoas. Louis Waskansky, o receptor de 53 anos, foi o primeiro homem que recebeu o coração de um estranho. O órgão transplantado por Barnard e sua equipe, era de uma jovem de 25 anos, que tinha morrido num acidente. Mas Waskansky faleceu 18 dias depois da cirurgia histórica, em conseqüência de uma infecção pulmonar. A luta dos médicos para combater a rejeição do organismo reduziu muito o sistema imunológico do paciente.
Depois do sucesso do primeiro transplante, Shumway e Barnard realizaram então uma série de transplantes cardíacos, que impressionavam toda a comunidade médica internacional. A partir de então outras equipes começaram a implantar a técnica desenvolvida por Shumway e Barnard. Mas, das 100 pessoas transplantadas no mundo no ano seguinte, nenhuma sobreviveu mais de 18 meses, exceto o francês operado em Marselha, Emmanuel Vitria, que viveu quase 19 anos sem que se descobrisse o motivo deste sucesso. No entanto em 1969, Barnard operou Dorothy Fisher, que viveu 24 anos com o novo coração.
Diante dos fracassos concomitantes a maioria das equipes que dominavam as técnicas de realização do transplante cardíaco, abandonou os centros cirúrgicos, exceto Barnard, Shumway, Lower e a equipe do Hospital La Pitié. Todavia, um novo medicamento contra a rejeição, com o qual Shumway fazia experimentos: a ciclosporina começou a ser utilizada nos pacientes dos transplantes realizados. Assim, o êxito das cirurgias aumentou de 30 a 70 % em 1 ano.
A partir disto os estudos e as cirurgias foram retomadas por várias equipes pelo mundo. E em 1881 Shumway conseguiu realizar o primeiro transplante cardiopulmonar da história.
Desde então os resultados dos transplantes cardíacos não cessaram de melhorar. Seu número só é reduzido pela falta de órgãos, que é a principal limitação para os doentes cujo último recurso é o transplante.




Dr. Shumway
Dr. Lower
Dr. Barnard

Conhecendo a Burocracia.

Todos dizem que o Brasil não tem leis justas. Frases como 'Só no Brasil mesmo, as pessoas estão morrendo por causa da falta de órgãos e um monte deles é jogado fora por pouca bobagem.', 'No Brasil até médico faz tráfico de órgãos.', 'A fila dos transplantes é um absurdo, um monte de gente morre por causa da complicação da lei.' são bem comuns...
Mas quando falamos em lei injusta, fila absurda, tráfico de órgãos e tudo isso, temos primeiro que conhecer sobre o que estamos falando.
Então vamos postar aqui um resumo da burocracia que precisa ser seguida para que ocorra um transplante cardíaco e então vocês podem formar uma opinião baseada no que lerem.

1) A seleção do doador:

Para doar um coração, é preciso que o doador esteja em condição de morte encefálica, o encéfalo é a parte do corpo geralmente confundida com o cérebro. Na verdade, é quase a mesma coisa, mas além do cérebro, o encéfalo inclui o tronco cerebral.
Quando alguém sofre um trauma na cabeça ou um derrame que comprometa o tronco encefálico, configura-se a morte encefálica profunda e irreversível. Quando ela ocorre, como o encéfalo controla todas as funções vitais do organismo, os órgãos e tecidos que dependem de seu comandos sofrem uma deterioração progressiva, pois o fluxo sanguíneo continua, entretanto a cada minuto que passa ocorre uma diminuição nos batimentos cardíacos, e conseqüentemente no fluxo sanguíneo, e então ocorre a morte propriamente dita.
A paralisação do encéfalo pode ser diagnosticada em qualquer hospital que conte com um neurologista e equipamentos necessários para a realização dos exames. Não há riscos de erros médicos, uma vez que o diagnóstico é dado por dois médicos, sendo um deles neurologista e nenhum deles da equipe que realizará o transplante.
Entre os exames que provam a morte encefálica, além do exame clínico, estão: o eletroencefalograma, que é um registro da atividade elétrica cerebral usando eletrodos, arteriografia, redioisótopo, ecodoppler transcraniano, que são exames que comprovam a ausência de fluxo sanguíneo cerebral. Estes exames são realizados, pelo menos duas vezes, com intervalo de seis horas, para então a morte encefálica poder ser confirmada.
Ou seja, estes são procedimentos que darão à família do indivíduo a certeza de que o estado dele é irreversível, sem risco de erros.
Após a comprovação da morte encefálica, de acordo com os critérios aceitos pelo Conselho Federal de Medicina, e com autorização dos familiares é iniciado o processo de avaliação do doador.
Ele consiste na análise de altura e de peso do doador, na determinação dos dados antropométricos (medida do tronco, da curvatura, dos braços), identificação do grupo sanguíneo pelo sistema ABO, controle dos sinais vitais básicos e exames normais. Além de determinações sorológicas para doenças como hepatite B e C e AIDS.
Após os resultados dos exames gerais, ocorre a avaliação do estado do coração do doador. Ela é composta por exames que visam confirmar a normalidade do órgão através de testes como eletrocardiograma (registro da variação dos potenciais elétricos gerados pela atividade elétrica do coração), radiografia do tórax e ecocardiograma (exame que reproduz imagens do coração).
Se os resultados desta série de exames, que visam somente proteger o possível receptor do coração, não apontarem nenhum tipo de contra-indicação, é feita a análise macroscópica do órgão no momento da cardiectomia (retirada do coração) completando assim a verificação do potencial do coração. E então a notificação do doador poderá ser feita à Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO).

2) A seleção do receptor:

São candidatos ao transplante de coração aqueles que sofrem de insuficiência cardíaca grave vinda de doenças cardíacas como miocardiopatias, DAC (Doença Arterial Coronariana) e Valvulotopia Reumática, que já esgotaram todas as possibilidades de tratamentos clínicos, cirúrgicos e têm expectativa de vida inferior a 1 ano.
Entre os exames físicos para a determinação da classe que o candidato será inscrito, estão, o histórico geral do paciente, exame físico completo, estado nutricional, avaliações renais, hepáticas e tireoideanas, hemograma completo, plaquetas, coagulograma (verificação das condições de coagulação do sangue), mamografia e papanicolau, para mulheres, eletrocardiograma, ecocardiograma, radiografia do tórax, identificação do grupo sanguíneo no sistema ABO, painel de anticorpos, sorologia (para determinar doenças como AIDS, hepatite B e C).
Há também uma avaliação psicológica e socioeconômica detalhada dos candidatos. São levados em conta fatores como: apoio familiar, estabilidade psicológica, aceitabilidade, dados sobre renda, instrução e profissão, noção de saneamento básico total, e etc.
Uma vez aprovado pela equipe e na ausência de contra-indicações, o candidato será então inscrito na lista de espera que é formada pelos candidatos divididos primeiramente nas classes I e II, sendo a classe I a dos indivíduos que apresentam pior quadro (os que respiram artificialmente e/ou já possuem algum tipo de transplante mecânico), em seguida são divididos por grupo sanguíneo, ordenados pela inscrição na lista e caracterizados principalmente, pelo peso.
Os exames são repetidos pelos candidatos a cada 6 meses, para garantir sua permanência na classe correta e na lista de transplantes.

3) Próximos passos:
Quando a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos recebe uma notificação de um doador em morte cerebral, o computador analisa de acordo com o doador, o receptor que está em pior estado clínico, que se inscreveu a mais tempo, que é mais compatível, em termos de peso, altura e que tem o mesmo tipo sanguíneo do doador será selecionado para o transplante.
Uma vez feito este processo, a equipe de transplante contata o receptor mais compatível e se inicia então o pré-operatório.
Apesar da grande chance do transplante ser realizado a partir deste ponto, não há garantias de que ele se concretize, pois o receptor não poderá ter nenhum tipo de contra-indicação como infecção, gravidez, e outros fatores que possam influenciar no pós-operatório e a longo prazo.
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É preciso dizer que se trata de um transplante cardíaco, se trata do coração de uma pessoa batendo no peito de outra, então toda a burocracia, todo o processo, todos os exames e papéis são excenciais para o sucesso do transplante.
A fila é única, não há distinção entre pacientes que possuem ou não convênio médico, ela é organizada e controlada por apenas uma central, que é encarregada de encontrar o receptor ideal para cada doador e comunicar à equipe cirúrgica a posibilidade do transplante.
Nossa opinião é a de que a burocracia se faz mais do que necessária, se faz fundamental para que tudo ocorra bem, apesar do nosso país ter muitas falhas em sua legislação, acreditamos que uma lei rigorosa é o único jeito de garantir que os transplantes sejam bem feitos e tenham sucesso.
A morte nas filas, causada pela falta de órgãos, não é apenas um resultado da burocracia, mas de um conjunto de fatores e responsáveis. Entre eles nós e você...